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quarta-feira, 30 de março de 2016

Como dizer adeus

Demorei pra perceber
E me entreguei sem ao menos saber
Me pegava pela mão, depois soltava e nada dizia.
Eu precisei do teu estar
Me fazia bem, eu estava bem
Era só dizer adeus
Você não sabe dizer adeus.

O seu dizer que não era dito
O teu prazer e a minha saudade
A tua vida que não cabia na minha
A minha vida que nunca coube na sua.
A despedida que nem foi despedida
Eu amo ela, ele ama ela!
Então eu sumo, como sempre faço
Em resumo, foi um fracasso.

Tudo bem, meu bem
Não há raiva dentro de mim
Não há você dentro de mim
Não há Ferrugem dentro de mim
Nem sequer Porto Alegre resistiu
Dentro dessa romântica incurável.

Tudo bem, meu bem
Que de bem, já não é meu
Que mudou e não desejo mais que seja eu
A pessoa que estará ao seu lado quando for dormir.

Tenho muito pra te dizer
Mas guardo as palavras no mais íntimo do meu ser
Pois o que aconteceu, não foi culpa de alguém
Mas sim, da incapacidade nata da vida escolher
Alguém que venha ficar e não pra retroceder.

Então tudo bem
Se mais uma vez eu me obrigar a esquecer
Se não diferente das outras vezes
Eu continuo fugindo
Se não diferente das outras vezes
Eu continuo escrevendo
Se, dessa vez diferente das outras vezes
Eu tiver me entregado
E, pela primeira vez em todas essas vezes
Eu tiver me decepcionado
Acontece, até com os mais precavidos.

Uma boa vida pra você
E espero que tenha aprendido
Não nasci pra ser de alguém, mero abrigo
Uma boa vida pra você
Que vai esquecer quem eu fui
Que vai esquecer da Ferrugem
Que vai me tornar ferrugem do passado
Que vai ser mero acontecimento
Boa vida pra você, e espero que continue amando
Todas elas, uma delas, nenhuma delas
A vida inteira, mas sem mim
Uma boa vida pra você
E uma boa vida pra mim também.

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