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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

As teorias de uma poetisa incansável

Eu ainda vou ver as estrelas como antes
Em um telhado que era só meu
Ainda me perco no teu olhar, mesmo estando distante
Hoje estamos por aí, estou fugindo do coração que agora é teu
Estou sempre perdida nos meus versos que falam de ti
"A nossa história não passou de palavras contidas numa folha em branco"
Ela nunca foi escrita, não passou de um roteiro errante
Ainda não descobri porque tua presença me deixa assim
É tarde demais pra querer concertar os retalhos dentro de mim
Sou culpada por te deixar fazer o que quiser dessa pobre amadora
Sou fraca demais pra aguentar teu coração traiçoeiro.
Eu só queria te explicar a minha teoria dos corações sem freio.

Sentar num banco sujo e conversar sobre nada, como eu queria
Te olhar e poder fazer tudo, eu nunca fui capaz
É a falta de ar ao pronunciar teu nome
Teu olhar no meu poderia expandir os horizontes
Mas nunca parei em frente a tua casa pra me declarar
Nunca soube dizer, o que te escrevo em palavras.
Eu só queria um sorriso tolo que não significasse nada, que fosse tudo.
Eu só precisava de uma chance pra sentar e esperar o tempo nos aproximar.



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O meu destino é não te ter


É tão complicado falar de nós dois
Porque no entanto isso nunca existiu.
Nunca me deixou tentar te convencer
Talvez eu teria sido melhor para você, já pensou nisso?
Esse amor não correspondido viveu apenas na ilusão da minha alma inocente
E quando um coração não compartilha teu amor
Transborda mágoa e a vida perde o sentido.
E agora a cada passo que dá fere as calçadas
Seu coração atravessado de sonhos não resistiu.
A violência contida na tua voz me fez ouvir o que ninguém ouviu
Tu és frágil demais pra deixar o sentimento fluir
É torto demais e te faltam peças pra se reconstruir
És pequeno demais e vive ao lembrar do tempo que já vagou por aí
Ela não vai voltar, o tempo não vai te curar.
Mas insiste em deixar pra lá o teu coração que se feriu
E o meu amor foi guardado pra nunca mais surgir
Teu rosto sereno e confuso me faz querer viver pra sempre olhando á ti
É doloroso pra mim enriquecer a distância que mantemos
Temos em comum aceitar o destino
Nós perdemos o compasso da dança.
Eu não compreendo suas exigências tolas
Não consigo filtrar tua alma que tão densa

Eu quero conquistar teu coração violento
Eu quero te amar como os ponteiros amam o tempo
Mas não se desapega do que já passou
E ousa me dizer que não vale a pena desejar o teu amor
Está acostumado a contemplar a solidão que é plena
Teu mundo é feito de uma alma só, 
É caro demais alimentar teu coração.
Eu te dei meus versos mais sinceros pra saciar o teu rancor
Meu quarto vasto de frases que não te completam
A vida que não nos surpreende mais.
Mastigando a lembrança amarga e quente dos beijos de quem tu amas
A nossa felicidade não venceu
Me avise quando o teu mundo acabar 
Me ligue quando eu for o teu querer
Eu quero poder passear pelas ruínas da tua escuridão
Vamos lado a lado procurar o que sobrou dessa alma destinada a perder.
Os teus olhos mais parecem um céu estrelado
Eu quero poder sozinha admirar tua imensidão.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Sujeito impertinente




 Esse sujeito passa e nunca volta, com a bagagem cheia de coisas que julga não servirem pra mais nada, esquece que não estamos acostumados a mudar assim, radicalmente. Ele sai correndo e não espera que tu o acompanhes, gosta de fazer essa viajem sozinho, levando apenas aquilo que tu não lembra mais, aquilo que não cabe mais em tua vida, as lembranças que foram devidamente apagadas por culpa dele, sujeitinho de poucos amigos, que sempre gostou dessa ideia de mudar teus planos, colocar a tal pedra no caminho, ou fazer com que ela simplesmente suma. Às vezes passa lento testando tua capacidade de esperar, torturando a ferida e saboreando o rosto sem expressão que nós humanos adquirimos quando a dor é forte, ou outras vezes pra te deixar curtir o momento por alguns instantes, eu repito, são só por alguns instantes, ele gosta de te fazer se sentir no controle, e é aí que o fôlego falta, que a dor aumenta e o trabalho dele se estende, uma hora o ponteiro vai estacionar no ponto de partida, e as lembranças vão na bagagem pra nunca mais voltar, ou se instalam nos corações mais sensíveis.

Em poucos casos ele consegue ser compreensivo e como um pai pouco afetuoso, porém protetor, ele sabe envolver a dor e cicatriza-la com cautela, como deve ser, porém não é de sua natureza deixar tudo como está, sem nenhum arranhão, todos sabemos que depois de alguns momentos bons, decepções e a visita do tempo... Ah, sabe como é, os anos passam e vão ferindo o que há de mais bonito nas almas inocentes. Não adianta odiá-lo por suas crises de humor e as conseqüências que ele te presenteia, pode ter certeza que ele também não tem nenhum tipo de afeição por ti ou por quem quer que seja. Ele é só o tempo, e ele sempre passa, porém nunca volta. É só um trabalhador incansável que já curou e já feriu, é só o tempo como deve ser, às vezes apressado como se estivesse perdendo tempo, às vezes lentamente como se tivesse tempo pra tudo, e ele tem, quem não tem tempo pra nada somos nós, que vivemos de ponteiros, o que não sabemos é que o tempo nada mais é do que uma alma arrogante que se instala nos corações mais desesperados, tempo nada mais é do que um sujeito impertinente caçando seres de corações inconsequentes.