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terça-feira, 24 de julho de 2012

Inferno Real



OBS: esse poema foi feito em conjunto com um amigo meu, o sr Lucas Michels. Na verdade o cara fez toda a estrutura e eu complementei com alguns versos e um parágrafo, caso gostarem do poema podem acompanhar ele no www.tavatudobemnasemanapassada.blogspot.com (=



Rasgue todos os meus nervos
Sinta o cheiro podre que deixou no ar
Veja as promessas derreterem na minha mão
Enterre-me como um de seus segredos
Pois hoje não poderemos comemorar
Não existem motivos pra continuar mentindo
Não tem mais espaço pra tuas loucuras de amor.

Se equilibrando sobre minha cabeça
Você faz com que nada aconteça
Sabe como fazer eu me sentir culpado
E eu continuo atado e sem poder gritar
Eu só queria dizer teu nome, mas não há saliva para usar.

Nem todas as drogas que experimentei
Foram tão destrutivas quanto a tua voz amarga
Nem todas as vezes que me machuquei
Podem se comparar ao estrago causado por você
Infringindo todas as regras de como amar.

Nem todos os livros que eu li
Nem todos os dias em que eu vivi
Fariam eu te perdoar por me impedir de viver.

     Esqueça o que vivemos até aqui
     Desapareça até onde meus olhos conseguem alcançar
     Nada nessa vida vai reparar o estrago que reflete no meu espelho
     Fez-me sofrer em vão, me fez retornar ao inferno que foi essa ilusão,
     Diga-me, o que fez pra acabar com a paz que reinava em mim?
     Esqueça que compartilhamos a mesma calçada,
     No inferno real que ficou entre nós dois, não tem espaço pro teu perdão.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Desabafo de uma poetisa



Será que por algum momento tu se importou com a minha opinião?
Vou estar sempre sujeita a mudar, e seguir na tua direção?
Se não vai alcançar, porque insiste em me levar?
Sabe que é um fracasso, todas as tentativas foram em vão.

Não é porque tu é doente, que minha vida tem que ser baseada na tua decisão,
Quantas vezes me provou que vale a pena?
Quantas vezes duvidou da tua capacidade de vencer esse vício?
Porque eu teria que acreditar na tua recuperação?
Se tu pensa todo dia que tua vida foi um erro?
Porque eu sempre tenho que ceder?
Sabe o quanto é difícil esquecer sete anos?
Sabe se é fácil viver se mudando?
Eu fiz isso por ti, toma juízo e não perca teu rumo.

Nunca respondeu minhas perguntas
Sempre achando que tua vida poderia ser mais fácil
Eu estou aqui cara, te seguindo sempre
Qual é a dificuldade que tu carrega em me aceitar?
Sou teu sangue, lembra?
Porque tá sempre arranjando uma forma de se destruir?
Eu era a tua menina
Quando foi que me tornei a tua pobre realidade?

Os olhos teus

Ando fascinada por outros olhos
E os sigo sem mesmo perceber, se tornou involuntário,
Mas o dono a qual eles pertencem eu deveria evitar
Ele me parece meio distante de tudo que eu esteja procurando
Isso pode soar meio estranho vindo de mim,
Mas pensando dessa forma, não seria tão ruim me desviar.
Tu nunca vai deixar de ser um mero estranho.

Talvez eu não devesse me despir dessa proteção que me carrega
Quando fico vulnerável eu costumo decepcionar
Odiei meu reflexo no espelho por muito tempo
Não me culpe pelo o que estou sentindo, e acredite:
Eu nunca quis me aproximar,
Mesmo deixando que isso acontecesse.

É difícil pra mim dizer que não me importo
Que não quero mais ouvir teu nome
Penso em te dizer algumas palavras
Mas o medo de ser tola sempre me envolve.
Eu nunca passei dessa fase
Seu coração nunca vai deixar de ser violento,
Nunca fui o foco das tuas lentes bordadas de indecência
Nem companhia num dia de frio intenso
Não costumo me entregar
Vai ser caro matar o meu desejo.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Tumor

Existe algo crescendo dentro de ti
E seu coração persistente
Dessa vez desistiu
Eu nunca soube que tu era doente
Nem que uma ferida em relevo
Te deixava mais longe de mim
Onde está o coração inatingível?
O nosso fim foi lamentável.


A culpa transita em meu sangue
Não poder te ligar, não querer me importar
Sempre fui assim, seu desejo mortal
E nessa brincadeira de esquecer
Eu acabei atrasando tua vida
E adiantei tua chegada no hospital qualquer
Sempre fui seu ponteiro, sempre fui uma doença letal.
Vou ser pra sempre tua cicatriz,
Vou ser sempre a parte do corpo que teu irmão não tem mais
Pra poder te dar a vida, pra poder te deixar em paz.


Mas e tu?
Porque teve que fazer isso?
Me mudar foi necessário
Acabar com a tua vida foi um grande risco.
Sabe que as coisas não iam mais tão bem
Nunca houve alguém a mais
Sabe que sou errante e mesmo assim se apaixonou
Estou numa cidade onde não existe amor
O nosso tempo voou pra longe, num céu que tu não vê mais.


Esse quarto escuro te fazendo dormir
Te fazendo lembrar, e o telefone que não atende mais
Eu queria te pedir desculpas por esquecer
Eu queria te falar que sou capaz de amar você.
Mas sabe que não sou mais
Seu tumor me guiou a loucura
Teus gritos de dor me deixando entristecer
Coração doente pedindo pra perder.
Sou errada demais pra seguir sem esquecer.





quarta-feira, 4 de julho de 2012

Alma, pobre alma

Não espere tanto de mim
É muito peso pra carregar sozinha
Ter que te dar sossego e me ver perdendo a linha
Eu te avisei, eu nunca fui boa o bastante.


Não sou tão boa quanto tu pensa
Te agradeço pelas palavras, mas quero continuar assim
Verá mais tarde que eu fui uma sentença
Que paguei pra ver esse ciclo tendo um fim.


Não sou tão pura ou doce
Meus versos não costumam ser sinceros
Não queira ver o meu desfecho
Eu vivo num mundo paralelo
Não existe espaço para mais um sujeito.


Está na hora de abrir novos horizontes
Esqueça de me conquistar
Eu tentei te avisar o quanto antes
Que sou alma perdida destinada a vagar.
Qualquer sentimento é inválido
Conclua minha sentença,
Não tenho mais nada a declarar.


Sua Carta.

Sabe quem sou eu?, eu sou aquela guria que tu nunca viu nos olhos, aquela que sempre passou despercebida por ti, motivo de risada entre a tua roda de amigos inúteis que nunca te deram valor e sempre pegaram aquela guria grotesca e antipática que tu costumava correr atrás. Eu também fui aquela carta anônima que sempre aparecia misteriosamente na tua mochila, eu também era o perfume que contia nela, mas eu nunca fui uma lembrança tua, um sorriso teu ao se deitar, esse papel era muito bem feito por aquela guria que também nunca te viu no olhos, e sempre preferiu caras mais populares, esses que tu chamava de amigos.
Hoje eu me vejo bem distante da tua frieza, distante dos teus olhos que nunca se cruzaram aos meus, nunca desconfiaram do que eu sentia e preferiam se iludir que aquelas tais cartas que eu mesma escrevia vinha de alguém que te te usava para ser maior, ser grande, mas nunca passou de uma idiota que teve tudo, e mesmo assim desdenhava o que eu mais queria e nunca tive, eu tenho saudades de momentos que nunca vivemos, que tu nunca nem sequer sonhou.