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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Leia as entrelinhas

O que passou, não vai passar dentro de mim
- Meu amor não vai desistir tão fácil assim-
Eu te escolhi em meio á tantos para serem escolhidos
- Me escolha dessa vez, meu amor não é finito -
E assim, tão dolorida vai ser a despedida
-Não precisamos nos despedir-
Te vi chegando com um sorriso encantador
- Não é necessário ir embora com um coração partido-
Tenho dentro de mim, a vontade de ser tua
- Vamos juntos tentar outra vez-

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O pecado de uma Bailarina

Que linda era essa bailarina
Não tinha medo de cair e sorria mesmo com o coração desamparado
Balançava minha alma com seu jeito de dançar
Que linda era essa bailarina.....
Me ensinou a valorizar a beleza dos teus passos
E se foi pra longe, onde meus olhos não puderam acompanha-la.

Pecar é impedir uma bailarina de dançar
Arrancá-la do palco, sabendo que lá é o seu lugar
Viver sem a graça do seu sorriso, é viver sem conhecer a paz
Quem nunca se apaixonou por uma bailarina
Não conheceu o lado irônico, dolorido e amargo de amar.

Te deixo dançando na sala de estar
Te espero meu bem, não tenha pressa pra chegar
Quero teu sorriso, e prometo te proteger de toda dor
Existe uma certa bailarina, que tem  todo o meu amor.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Moço das pernas bambas- parte 3

Lembro-me muito bem desse momento, eu estava sozinha na frente do palco, dançando e cantando músicas da qual eu não costumo escutar e apreciar, mas eu me divertia assim mesmo. Meus irmãos estavam bebendo e eu definitivamente não sou uma boa companhia nessas horas, já que nunca senti o gosto do álcool na minha boca, então eu estava sozinha, sem amigos, sem pais, sem irmãos; completamente sozinha. Foi quando eu olhei pra trás a procura da minha irmã, já que meu pai estava procurando por ela, foi quando me deparei com um sujeito me olhando, que por sinal tinha um sorriso muito bonito - sim, ele estava sorrindo pra minha direção- virei logo pra frente e fingi que não havia acontecido nada, até porque não tinha mesmo. Olho sem querer pra trás de novo e ele estava ligeiramente mais perto de mim dessa vez, continuava sorrindo, tive certeza de que era pra mim, olhei pra frente desconcertada e podia sentir um sorriso de canto na minha boca que se abriu involuntariamente. Quando me dei por conta ele estava do meu lado dançando, eu achei aquela situação engraçada já que ele dançava muito mal, mas o mais engraçado disso tudo foram as tentativas frustradas dele de me puxar pra dançar, foi quando tive que avisa-lo que meu pé estava machucado e que dançar era uma das coisas da qual eu não podia fazer daquele jeito. Foi quando ele se abaixou no meio daquela multidão pra olhar o meu pé mais de perto, se prontificou de tirar todas as latinhas que podiam me machucar e avisou todas as pessoas que estavam passando ao nosso redor para tomarem cuidado por onde pisam, pois havia uma guria com o pé machucado do lado dele. Eu achei ele diferente, todos os guris nas quais tentaram ficar comigo naquelas noites de carnaval pouco se importaram com meu pé, não sorriam pra mim antes de me pedir um beijo, e não dançavam estranho pra fazer eu me sentir a vontade em dançar de um jeito estranho também, não, ele foi o único e eu nem sabia o seu nome. Me senti cansada de ficar em pé e ele logo se prontificou em me levar pra caixa de som e me deixar sentada lá enquanto ia ao banheiro. Lembro que ele deixou comigo o seu chapéu de palha da banda verde e prata -descobri dias atrás que era pra eu não fugir dele auhuheuhe- minutos depois ele voltou e logo em seguida tocou Anna Júlia, dos Los Hermanos.

Eu fiquei eufórica, pedi ajuda dele para descer e dancei como se nunca tivesse machucado meu pé, ele dançou e cantou junto comigo, parecia que nos conhecíamos há muito tempo, foi quando conversamos pela primeira vez. Seu nome era Sandro e ele tinha 19 anos, fiquei espantada já que ele tinha carinha de 16 -e também porque eu só tinha 15 anos- Falamos diversas bobagens, até que ele se aproximou de mim, foi quando eu me adiantei e lhe abracei sem pensar muito no que estava fazendo e na promessa que quebraria poucos instantes depois. Sempre fui uma guria de iniciativas, tanto para mudanças quanto para relacionamentos, nunca tive medo de me declarar abertamente, nunca tive medo de ser quem eu era, foi quando ele se abaixou e parecia querer dizer alguma coisa no meu ouvido e de novo lá estava eu lhe poupando de tomar a iniciativa e falar algo que eu possivelmente não gostasse, foi quando eu lhe roubei um beijo. Não foram borboletas no estômago, meu pé não se levantou involuntariamente, não foi um beijo de novela, foi melhor que isso, ele foi real. E a realidade pra mim é muito mais bonita do que fantasias não realizadas

20 de Abril- parte 6

Depois da páscoa ele veio outras vezes me visitar, numa dessas, no dia 20 de abril, foi quando concretizamos nosso namoro, sim, um namoro á distância. Não foi um pedido romântico e confesso que se tivesse sido planejado não teria sido tão marcante, não seria tão sincero. Conheci diversas coisas nele, o jeito que ele dorme, que me abraça, os seus sorrisos, descobri pela sua voz quando estava querendo me contar alguma coisa. Aprendi a reparar nos seus detalhes, aprendi a amá-lo do jeito que ele era, e ele era bom pra mim, depois daquele carnaval muitas coisas aconteceram comigo, meus pais se separaram e voltaram um mês depois, voltei a fazer ballet, o que era um grande sonho meu, engordei, depois emagreci e logo engordei de novo, perdi minha cadela e diversas outras coisas, e em todos esses momentos, bons e ruins, eu tinha alguém que me apoiava, me divertia, me amava e compreendia os meus monstros. Eu parei de escrever poesias das quais a vítima era eu, e passei a escreve-las de uma maneira mais doce e delicada. Hoje completará oito meses desse amor meio louco entre uma ruiva sem sardas e um cara com as pernas bambas, desses oitos meses pelo menos três foram os que eu não pude vê-lo, e quer saber? Por mim tudo bem, pode se passar um ano sem poder ver o teu sorriso lindo, que eu tenho certeza que no momento que eu te encontrar vai valer a pena toda essa espera. Eu te amo em todas as circunstâncias,  de todas as maneiras e não me arrependo de ter dado uma chance á ti, á mim e ao nosso amor. Eu tenho um melhor amigo que posso chamar de amor, eu nunca poderia imaginar que aquele cara um dia fosse capaz de lagar tudo para ver a sua ruiva sem sardas.

Páscoa- parte 5

Quando cheguei em Porto Alegre me senti estranha, não queria estar ali, queria conhece-lo melhor. Trocamos mensagens pelo facebook por muito tempo, eu me vi cada vez mais apegada a ele, estava confusa com aqueles sentimentos embrulhados dentro de mim, ele queria me ver novamente, mas eu não tinha certeza se compartilhava do mesmo desejo que ele. Eu tinha medo da distância, eu tinha medo de me apaixonar, tinha medo de diversas coisas naquele momento, medos que eu nunca havia sentido. Não era justo depois do que eu havia passado em 2012 manter um relacionamento a distância, coisa que eu abominei por anos. Foi aí que tive uma conversa séria com o Sandro, disse que era impossível manter aquilo, que ele não deveria se apaixonar por mim e que seria melhor nos tornarmos apenas amigos. Eu queria uma vida nova em POA, namorar com um cara da minha cidade natal não era bem o planejado. Lembro que ele ficou arrasado, triste de verdade, mas não desistiu de mim, não desistiu de nós, mesmo quando eu não dei nenhuma chance de termos algo, ele foi atrás de mim, queria meu número de telefone, e eu passei. Quando ouvi sua voz pela primeira vez depois do carnaval, me passou pela cabeça todos os momentos bons que ele havia me proporcionado, mesmo não me conhecendo me fez mais feliz do que eu havia sido durante muito tempo, mesmo com ele eu me sentia livre, me sentia de bem com a vida, lembrei do quão foi bom beija-lo, me permiti sentir saudades daquele carnaval, me permiti ter saudades daquele guri. Foi um baque, quando me dei conta havia combinado de ver ele na páscoa, disse que teríamos uma chance se ele viesse até mim, e ele veio. Viajou mais de 10 horas pra ver uma guria na qual conheceu por menos de um dia, deixou de ir numa festa badalada com os amigos pra conhecer meus pais e minha família, foi a maior prova de interesse que ele poderia dar pra mim. De quebra eu acordei com cólicas naquele dia e não pude busca-lo na rodoviária, em vez de mim, foi meu pai que ele encontrou para buscá-lo. Quando vi ele na porta do meu apartamento meu coração não disparou, pelo contrário senti ele aliviado e calmo, como se eu tivesse encontrado a paz que eu procurava, havia encontrado ele, parecia que nunca tínhamos ficado um longe do outro.

Quebrando promessas- parte 4

Pronto, lá estava eu encantada por um cara que conheci meia hora antes, sentamos na caixa de som perto do palco e lá ficamos conversando, soube que ele era baterista, tocava numa banda de amigos, soube também que os amigos dele foram meus amigos de infância, sua melhor amiga também tinha sido a minha melhor amiga, iria iniciar o curso de engenharia elétrica naquele ano e também soube que ele não deveria estar lá naquela noite, assim como eu ele tinha outros planos, ficar em Águas de Chapecó curtindo o carnaval de lá, mas não foi isso que aconteceu. Ficamos horas conversando, curtindo a última noite de carnaval, todos os nosso conhecidos vieram nos "parabenizar" inclusive meus pais, cena mais engraçada impossível. No final da noite lá estava eu tomando a iniciativa de novo convidando-o para tomar sorvete na única sorveteria da cidade no outro dia de tarde, ele aceitou na hora, me levou pra casa e nos despedimos. No outro dia na sorveteria ele escolheu sorvete de chocolate e eu de morango, conversamos muito e mesmo depois de termos terminado o sorvete, ficamos por lá mais de uma hora. Depois fomos para casa de um amigo dele -que também foi amigo da minha irmã na minha infância- e lá ficamos pelo resto da tarde, parecíamos um casal, parecia que namorávamos há anos, porém nos conhecíamos por poucas horas. No final do dia me vi apegada em alguém que eu mal conhecia e me veio de quebra um pensamento muito ruim: eu voltaria para Porto Alegre naquela noite, não poderíamos ser um casal. Quando foi de tardezainha eu tive que subir arrumar minhas malas, ele acreditava que me veria novamente, eu já não contava com isso, não houve despedidas, ele claramente estava me dando um até logo.

O carnaval de 2013- parte 2

Lá estava eu, indo pra o interior do Rio Grande do Sul reencontrar minha cidade natal da qual fazia tempo que não visitava, a cidade se chama Iraí. Fui com a minha família e nos hospedamos na casa da minha vó, era época de carnaval e eu iria "desfilar" na "escola de samba" na qual meus pais ajudaram a fundar, ainda na minha infância. Dia 9 de fevereiro era o primeiro dia do desfile, eu estava muito nervosa e não conseguia olhar para o lado pra saber o que estava acontecendo, o que de fato aconteceu naquela noite foi que eu pisei num formigueiro e de quebra descobri que tinha alergia á formigas: pronto, meu pé encheu de água e ficou deveras inchado, o que me forçou a enfaixá-lo. No dia seguinte teve show na praça e mesmo com meu pé direito machucado, eu consegui ir sem problemas, encontrei alguns amigos de infância e me diverti como a muito tempo não me divertia, aquele sentimento de liberdade do qual pude experimentar no final de 2012 foi revelador, finalmente voltei a ser quem eu sempre fui, uma pessoa alegre e de bem com a vida. No dia 11 meu pé piorou e tive que procurar por remédios na farmácia, caso contrário não suportaria mais uma noite de desfile e uma madrugada de show, de tarde fiquei com alguns amigos e matei a saudade relembrando histórias engraçadas naquela cidade, foi quando eu voltei pra casa e adormeci por algumas horas. Minha mãe não me acordou para me arrumar, acordei assustada com o barulho de secador ligado e soube que todos já estavam se aprontando para a última noite de carnaval, e meus pais achavam melhor eu ficar em casa por conta do meu pé, insisti em ir e consegui convencê-los que estava bem. Uma hora depois lá estava eu pronta pra desfilar na frente do Banrisul, consegui me entrosar mais com antigos amigos, depois do desfile viria o show e eu mal poderia prever o que aconteceria em seguinte.

Depois da experiência nada legal que tive em 2012 com relacionamentos amorosos (ou a falta deles) me prometi um pouco mais de amor, em vez de desperdiça-los com outras pessoas, o que isso significava? Simples, eu não queria ficar com ninguém, recusei todo tipo de cantada que o carnaval propõe, eu queria me divertir e tudo o que eu menos precisava naquele momento era de homem, de me prender em outra pessoa e foi exatamente isso que aconteceu naquela segunda feira de carnaval, eu bem sei que não sou boa em cumprir promessas.

27 de dezembro- parte 1

Era 27 de dezembro de 2012 -creio eu- quando me livrei do sentimento mais doloroso que tive a oportunidade de conhecer naquele ano, tudo nele me atraía e me deixava completamente apavorada, eu sentia medo, e gostava dele. Já fui aquele tipo de guria que se apaixonou pelo cara errado (errado de todas as formas) também fui dessas gurias que se declarava incansavelmente para o dito cujo, esse que se demonstrava compreensivo mas que provavelmente ria das minhas tentativas de conquista-lo. Era dessas gurias apaixonadas pelo mesmo guri que sua melhor amiga, e não existe desconforto maior do que esse. Essa fui eu em 2012, o ano inteiro sofrendo por alguém que não tinha intenções de gostar de mim, escrevendo poemas tristes e apaixonantes, para poder colocar em algum lugar aquele sentimento doido e devastador que eu criava dentro de mim mesma. Essa fui eu, que não procurei por um novo amor, não olhei para outros olhos, não quis escrever pra mais ninguém. Eu era infantil -não que eu ainda não seja- e muito boba, e hoje vejo que foi bom ter vivido essa experiência, pois tive que experimentar algo que até naquele momento não sabia o gosto: amor próprio. No dia da minha formatura de conclusão do ensino fundamental, eu despejei tudo, esparramei palavas no colo dele, esbanjei sinceridade e disse á mim mesma que aquela era a minha última declaração de amor. Foi um adeus bem bonito, daqueles que a mocinha sai perdendo e todo mundo se emociona com o final nada feliz, mas vale lembrar que estava longe de ser um fim.

Naquela noite eu voltei pra casa com um sentimento maravilhoso dentro de mim: a liberdade, descobri naquela mesma noite que nunca tive amor pra oferecer à ele, pois não tinha amor nem para oferecer à mim mesma, descobri que eu apenas despejei minha vontade insana de me sentir amada em alguém que eu sabia que tornaria isso impossível, e muitas vezes me foi provado que eu gosto de coisas impossíveis, por isso tentei tantas vezes, chorei mais de litros, gritei com o mudo inteiro tentando ser ouvida, escrevi pra não despertar a raiva que chegava á mim de maneira bruta. Depois da minha formatura não houve mais lágrimas pra cair, não houve arrependimentos, aliás, nunca mais vi aquele coração inconsequente e o seu dono sem empatia, e sinceramente? Nunca senti falta sequer de um dia que convivi com ele, é como dizem: o passado serve apenas para apender a valorizar o nosso presente; e que presente maravilhoso estava por vir.

Disfarces

Vejo gente disfarçando a infelicidade
Com passos apressados, sempre reproduzindo o desespero
Em todas as ruas dessa cidade, eu vejo a dor em sorrisos tortos
Eu vejo a vida de maneira iludida, de certa forma errada
Pois acredito que um dia ainda vou me surpreender
Poderíamos ter vivido tanto, se não tivéssemos tanto medo de viver.

Usamos máscaras todos os dias das nossas vidas
Tentando desesperadamente disfarçar
A solidão que cada um leva dentro de si
Falamos sobre como nossa vida é perfeita, excluída de danos
Lembramos todos a nossa volta como somos felizes de verdade
E tentamos cicatrizar feridas totalmente em vão
Pois são essas feridas que nos fazem ser o que somos hoje
Nos fazem únicos, nos fazem livres, os erros nos tornam humanos.
E a vida perfeita que tanto deseja?
Sinto muito lhe informar meus caros, mas essa simplesmente não existe.
Aliás, existe coisa mais sem graça do que a perfeição? Creio eu que não.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Os medos que eu senti por te amar

Eu te vejo cada vez mais perto, dentro de mim
E sinto medo do que sinto quando posso te tocar
Não tenho controle e me desfaço nas minhas próprias palavras
O meu consolo é saber que és dono de um coração bom
Sei que não vai se aproveitar da minha própria solidão
Não vai me desfazer num prato de jantar.

Quando eu tentei me afastar de ti, eu fracassei
Apreensiva eu estava por sentir demais por alguém que acabava de conhecer
Era tão óbvio o sofrimento que ambos teríamos
Mesmo assim eu vulnerei e te deixei entrar na minha vida
Não me arrependo da escolha que fiz
Eu não penso em olhar pra trás depois que te conheci.

Apenas tente compreender que meu sentimento não é fajuto
As minhas dores são reais e a minha felicidade por te amar é absoluta
Uma pessoa sentimentalista e que não consegue dormir sem ouvir a tua voz, eu sou
Não me prenda e também não fuja quando descobrir os meus segredos
Eu te amo assim, até quando canta erroneamente no celular
Quando me faz rir desconcertada com seus elogios vindos de surpresa
E quero que tu me ame assim, de qualquer jeito, em qualquer circunstância
Me aceite até mesmo quando te peço todos os dias incansavelmente
Se tu ainda ama essa ruiva sem sardas que te encontrou naquele carnaval.

domingo, 13 de outubro de 2013

Direção

Eu apenas preciso te dizer
Antes de dormir, eu sei que tu precisa saber
O meu sorriso hoje é mais sincero
Que por mais longe que estivermos, eu te espero
E não importa as horas de angustia
Os dias são mais coloridos na tua companhia
Saibas que estarei aqui com o coração aberto
Todas as vezes que errar o teu caminho, eu te indico a direção.

Nem todos nesse mundo vão compreender o que sentimos
As nossas palavras as vezes parecem armas pra nos derrubar
E nada que o mundo faça pra te afastar de mim vai ser suficiente
Nem tudo nessa vida tem um preço e hora pra acabar.
Eu te entendo com um olhar
Eu vou te amar não importa quão longe podemos estar
Apenas se lembre que tem alguém te esperando antes de dormir
Quero ouvir tu voz, e saber que vou gurda-la dentro de mim
Adeus a qualquer chance de eu fugir do que sinto por ti
Me apaixonei e agora sei pra onde tenho que seguir.


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Condições

Fique descalço, cale esses teus lábios doces, meu amor
Me dê as suas mãos e me envolva com os teus olhares
Eu não preciso das tuas palavras pra saber que és parte de algo em mim
Acalme-se e me sonda com a tua capacidade de me fazer sorrir
E me enxergue de maneira que eu fosse única, ou até inesquecível.

Mas não tente me procurar
Você vai se perder entre os meus monstros
Mas não vai me encontrar
Permita que o tempo cicatrize nossas feridas
Deixando todos nossos medos em baixo das cobertas.

Deixe a chuva nos molhar
Lavando a alma e inundando o coração escasso
São as lágrimas que nos fazem lembrar
Que valeu a pena a gente se encontrar
E num futuro próximo talvez
A gente possa se ver de novo
Ou até somos capazes de tentar algo sério
Desde que eu não seja a bandeja do teu jantar
Sejamos dois, e não apenas um
Sejamos tudo, e não apenas algo
Sejamos nós, e não os outros
Sejamos um amor, e não a solidão
Sejamos lágrimas, e não apenas alegrias
Ah meu amor, não se esqueça
Nasci para ser do mundo, pertenço a vida
Não vai me encontrar se a tua intenção for me prender.




quarta-feira, 12 de junho de 2013

Nem todo carnaval tem seu fim

Eu adormeci nessas noites frias
Acompanhada do teu cheiro pregado a minha pele
Me fazendo lembrar dos dias mais bonitos
Das cores embriagadas num céu totalmente nosso
Contemplado com as embarcações das nuvens
E assim eu sonho, como outras tantas vezes
Pra não esquecer nenhum detalhe do teu semblante recheado de momentos
Pra não sentir passar o tempo, e não me ver cada vez mais longe de ti
Eu pretendo voltar apenas para admirar teus olhos totalmente meus
E encontrar o moço das pernas bambas, mas não em multidões como da primeira vez
Apenas nós, apenas dois, apenas o meu amor e o teu.

A saudade bordada no meu travesseiro
Enfeita as minhas noites tristes quando estás longe de mim
Mas o meu amor, esse que renasce todos os dias
Que invade o meu corpo, minha alma, o meu peito fervido
Esses sempre estiveram ao teu lado
Nas suas cobertas, no teu pensamento, nos teus calafrios.

Esqueça essas estradas que machucam quando te vejo partir
Esqueça o tempo que demora pra passar,
Esqueça as poucas vezes que conseguiremos nos ver.
Apenas lembre da primeira vez que o meu cheiro ficou contigo,
E o teu lindo rosto na minha lembrança
Era a única coisa que eu tinha de ti, o teu rosto e os nossos momentos.
E fui embora sem saber se voltava e se te encontraria de novo naquele carnaval
Se o moço que hoje guarda minha faixa de cabelo na gaveta do quarto
Vai querer enfrentar quilômetros por uma ruiva sem sardas
Dizem por aí que amores de carnaval duram uma noite
E hoje sabemos que depois de 10 meses juntos
O nosso finalmente chegou ao fim.

sábado, 6 de abril de 2013

Coração embriagado

Por algum tempo eu achei que viveria presa nos meus princípios
Sempre andando onde é seguro, onde sei que não vou cair
O problema é que pisei em falso, e me vi descer até o teu inferno
Tua face desentendida da vida me guiou pra longe de tudo que me cercava
Das coisas que eu julgava certas, tu sempre me achou precária
Me vi decair na imensidão do teu olhar denso quando me declarei
Mas nada vai fazer crescer em ti a vontade de me amar, eu sei.

Eu errei em todas as vezes que me derreti nas tuas mãos
Me precipitei e vi que meu esforço foi completamente em vão
Não há nada de errado em ti, é só um cara de sonhos limitados
Mas o meu olhar, as vezes enganado, quis ver algo muito além de um mero rapaz
Eu apenas lamento por ter me apaixonado.
Eu tento esquecer das vezes que deixei meu bom senso
Pra admirar o teu coração embriagado, foram tantos erros.
Se foi com o vento, as ilusões se escondem em uma parte de nós
De ti eu já não espero mais nada, foi uma tristeza que se foi e não volta mais
Um amor cômico se tornou apenas fragrâncias
Realidade que hoje em dia me parece mais bela
A vida, recheada de surpresas e ironias, decidiu me presentear
Adeus as fantasias que tive com o teu beijo
Adeus ás noites, que contigo eu ousei sonhar.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Baile de Formatura

Eu não pude evitar tanta tristeza
E nem sei mais se ainda penso com coerência
Mas tá doendo, ferve o peito
Me deixa no desespero de viver sem alcançar
E se eu tentasse te entregar meu amor na bandeja
Tu me deixaria ficar, no lugar que todo coração deseja?
Me mostre a tua verdadeira face, não vista mais nenhuma máscara
Eu via um sol no seu rosto, mas ele se pôs muito rápido
Tente não se arrepender da tua escolha
Eu só lamento ter ficado tanto tempo alimentando a esperança.
Na tua face esculpida de trovões
O nascer do sol não vai mais acontecer.
Me despeço com meu sorriso torto e olhos salgados
Com as palavras despejadas no teu colo, deslaçando os arrependimentos
O baile de formatura foi a última vez em que eu desejei teus meros beijos.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O Acaso É Um Jogo?





Eu acredito no acaso.
Pode ser que nenhum de vocês acredite tanto quanto eu.
Posso até me enganar, mas não demoro a corrigir.
Meu sangue ferve com a adrenalina das jogadas, o pulso aumenta com os passes.
E, eu só tenho um desejo sublime.
Só penso, no gol de placa que ele pode me levar.
O gosto de vencer que sacia toda carência de muito tempo sem vitórias.
Toca um blues.

Aumenta o volume, e seguimos com o baile, por favor?


  • Foto: Gisa Dias
  • Texto: Gisa Dias
  • blog: http://etccoisaetal.blogspot.com


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Bastidores

Linda e intensa como as flores que colorem as estações
espalha suas lágrimas de seda no palco de espinhos
incendeia as almas venenosas que vieram a amaldiçoar
seus pés quase tortos fazem todos se deslumbrar com a tua própria solidão
com a clemência que invade teu corpo e a faz mais bela
como podem dizer que é feliz?
como ousam aplaudir a lástima de uma bailarina?
são pobres de alma e de disfarces sólidos, são fantasmas de cera
os bastidores revelam uma dança nascida da pureza
uma vida de insegurança e de velas apagadas
a bailarina foi amaldiçoada pelos olhos da orgia alheia.

Acompanhada da canção e de um maestro desprovido de alma
vive de espelhos quebrados e sapatilhas manchadas de sangue
com seu sorriso de graça e o teu olhar incolor
ela volta todos os dias ao teatro para alimentar a tua dor.
dizem que é só uma bailarina que encanta os moços do baile
mas na verdade é uma insígnia abençoando o teu corpo, é uma arte.

Ao fim da música chora como se houvesse perdido a vida
e talvez tenha perdido mesmo, onde foi parar a graça?
implora de joelhos para que a deixem dançar eternamente
mas todos querem beber dessa bela inocente
e se aproveitar da maldição que há de quem vive da clemência
esse mundo de mentiras e falsos amores lhe deixa cada vez mais desconsolada
sempre retorna à sua caixa de cristal majestosa e de brilho incondicional
onde a música não tem fim e sua dança é honrosa.
fechem as cortinas e voltem pra suas vidas de selvagens
não existe bailarina que o perdoe o mal feito por meia dúzia de miseráveis.




Um Acidente Do Tempo

Te aviso de antemão: isso não é um pedido de desculpas
Também não quero te ver passeando pelas ruas
Que um dia nos fizeram esbarrar num amor de cinema
Onde as moças choram colírios e decoram poemas
Veja agora onde estamos, enterrando um passado mal contado
Eu te avisaria das lágrimas salgadas que caíram do teu rosto envenenado
Mas é sensato chorar no nosso próprio velório.

Eu deixei flores pra te consolar
Das dores que no teu peito vão ficar
Por me ver ter ido pra onde teus olhos feridos não podem me alcançar
Não tente lembrar das nossas promessas dolorosas
Evite um show de horrores, não tente me procurar.

Teu céu nunca foi límpido
Sempre houveram tempestades de palavras não ditas
O nosso tempo foi perdido
Finja que não se importa com o que acontenceu
Finja que nessa história não houve feridos
Eu não quero notícias do teu bem estar
Mas desejo que a vida te coloque onde tu mereça estar
Num abismo de ilusão denominado passado, eu fiz questão de te deixar lá.