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sábado, 24 de novembro de 2012

Estão servidos das minhas mágoas plantadas numa bandeja de rancor?


Não reconhece mais a garotinha inocente que eu era
E mesmo que ela ainda existisse, eu não vou vulnerar jamais
Nada que tu plantes eu deixarei brotar.
E essas flores que eu colhi no teu jardim de mentiras
Eu vou desbotar nos meus punhos que não lhe deram o perdão
Saiba que estou bem, não se pode viver sempre de sonhos.
Saibas que ele foi um sonho, mas nada disso importa mais.
Eu já fui calçada destinada ao massacre dos teus passos alados
Teus pés cansados já passaram por mim e não notou
Nunca fui idolatrada, estás servido do meu amor?

E mesmo que se um dia visse a minha alma transparente
Creio que seria tarde demais pros teus devaneios
Já estou perdida por amar
Estou aqui pra ver de perto a indecência dessa história.
A minha personagem foi subestimada
E o enredo inundado de lágrimas se instalou no meu peito mal interpretado.
Eu não tenho pressa em acertar as edições de uma vida inteira
Sou errante desde que encontrei o teu olhar
Estou perante o rapaz que me impediu de lhe amar
Estou aqui pra escrever mentiras sobre o quanto eu tentei te conquistar.
Não existem problemas, eu ficarei bem como outras vezes
E se um dia o teu olhar sóbrio não refletir nas minha alma sentenciada
Eu desistirei de seguir com um sorriso morto e olhos alagados
Não possuo vida quando te perco em meio aos meus versos estragados
Eu já lhe avisei da minha vontade eterna de admirar á ti.
E se eu ainda não for tua quando houver um fim
Me perdoe pela falta de coerência.
A minha alma é profunda, não sabe que tudo isso não passa de crenças.
Estou seguindo rumo à solidão das palavras
Olhando para os lados e panfletando velhas histórias.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Se tu pudesse ver


Se tu pudesse ver o estrago que deixou dentro de mim
E se seguisse meus passos iríamos juntos até o fim 
Sem nenhum beijo teu eu ousei me apaixonar,
Tu és triste como eu, e tens medo de se entregar.

Eu também quero ver o estrago que fizeram em ti
Quero poder te seguir e saber que não é o teu fim
Quero te abraçar e dizer que foi bom te encontrar
Mas meu sentimento é inconsequente, eu não devia te amar.

Mas como negar que quero tanto te ver?
Meus anseios mais guardados imploram por você
E se um dia tudo isso desaparecer, e eu não te ter enfim.
Os meus versos vão se calar, e não terá mais graça viver assim.



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Folhas de outono

Estou caminhando por aí sem saber em que casa chegar
Estou tropeçando nas folhas de outono, estou admirando o céu que me devora
Eu só não quero estar no lugar certo, eu não quero mais teorizar
Não quero aparecer na tua rua, eu cansei de te procurar
As ruelas estão mais frias, eu não quero mapear teu rosto
Mas se eu tivesse uma única chance
Eu te daria um beijo do meu amor incrédulo
A loucura já pediu pra entrar, eu deixei, eu vou deixar
Eu vou esquecer o trajeto, eu sei que fui pro fundo do poço.

As estações vão passando e o vento vem me trazendo as lembranças
O mundo vai girando e eu estou sentada perdendo a esperança
A cabeça vai mudando o que um dia havia a inocência de uma criança
As almas vão sendo recheadas de raiva e ganância, e de essência já nos falta
Nada é como um dia já foi, o tempo que passou já é tempo perdido
Eu por fim, não estou tentando acertar o compasso entre os descasos
E assim com o meu sorriso meio cansado e uma vida de momentos escassos
Eu vou perdendo a vontade de sentir a fragrância de um passado mal humorado.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

As teorias de uma poetisa incansável

Eu ainda vou ver as estrelas como antes
Em um telhado que era só meu
Ainda me perco no teu olhar, mesmo estando distante
Hoje estamos por aí, estou fugindo do coração que agora é teu
Estou sempre perdida nos meus versos que falam de ti
"A nossa história não passou de palavras contidas numa folha em branco"
Ela nunca foi escrita, não passou de um roteiro errante
Ainda não descobri porque tua presença me deixa assim
É tarde demais pra querer concertar os retalhos dentro de mim
Sou culpada por te deixar fazer o que quiser dessa pobre amadora
Sou fraca demais pra aguentar teu coração traiçoeiro.
Eu só queria te explicar a minha teoria dos corações sem freio.

Sentar num banco sujo e conversar sobre nada, como eu queria
Te olhar e poder fazer tudo, eu nunca fui capaz
É a falta de ar ao pronunciar teu nome
Teu olhar no meu poderia expandir os horizontes
Mas nunca parei em frente a tua casa pra me declarar
Nunca soube dizer, o que te escrevo em palavras.
Eu só queria um sorriso tolo que não significasse nada, que fosse tudo.
Eu só precisava de uma chance pra sentar e esperar o tempo nos aproximar.



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O meu destino é não te ter


É tão complicado falar de nós dois
Porque no entanto isso nunca existiu.
Nunca me deixou tentar te convencer
Talvez eu teria sido melhor para você, já pensou nisso?
Esse amor não correspondido viveu apenas na ilusão da minha alma inocente
E quando um coração não compartilha teu amor
Transborda mágoa e a vida perde o sentido.
E agora a cada passo que dá fere as calçadas
Seu coração atravessado de sonhos não resistiu.
A violência contida na tua voz me fez ouvir o que ninguém ouviu
Tu és frágil demais pra deixar o sentimento fluir
É torto demais e te faltam peças pra se reconstruir
És pequeno demais e vive ao lembrar do tempo que já vagou por aí
Ela não vai voltar, o tempo não vai te curar.
Mas insiste em deixar pra lá o teu coração que se feriu
E o meu amor foi guardado pra nunca mais surgir
Teu rosto sereno e confuso me faz querer viver pra sempre olhando á ti
É doloroso pra mim enriquecer a distância que mantemos
Temos em comum aceitar o destino
Nós perdemos o compasso da dança.
Eu não compreendo suas exigências tolas
Não consigo filtrar tua alma que tão densa

Eu quero conquistar teu coração violento
Eu quero te amar como os ponteiros amam o tempo
Mas não se desapega do que já passou
E ousa me dizer que não vale a pena desejar o teu amor
Está acostumado a contemplar a solidão que é plena
Teu mundo é feito de uma alma só, 
É caro demais alimentar teu coração.
Eu te dei meus versos mais sinceros pra saciar o teu rancor
Meu quarto vasto de frases que não te completam
A vida que não nos surpreende mais.
Mastigando a lembrança amarga e quente dos beijos de quem tu amas
A nossa felicidade não venceu
Me avise quando o teu mundo acabar 
Me ligue quando eu for o teu querer
Eu quero poder passear pelas ruínas da tua escuridão
Vamos lado a lado procurar o que sobrou dessa alma destinada a perder.
Os teus olhos mais parecem um céu estrelado
Eu quero poder sozinha admirar tua imensidão.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Sujeito impertinente




 Esse sujeito passa e nunca volta, com a bagagem cheia de coisas que julga não servirem pra mais nada, esquece que não estamos acostumados a mudar assim, radicalmente. Ele sai correndo e não espera que tu o acompanhes, gosta de fazer essa viajem sozinho, levando apenas aquilo que tu não lembra mais, aquilo que não cabe mais em tua vida, as lembranças que foram devidamente apagadas por culpa dele, sujeitinho de poucos amigos, que sempre gostou dessa ideia de mudar teus planos, colocar a tal pedra no caminho, ou fazer com que ela simplesmente suma. Às vezes passa lento testando tua capacidade de esperar, torturando a ferida e saboreando o rosto sem expressão que nós humanos adquirimos quando a dor é forte, ou outras vezes pra te deixar curtir o momento por alguns instantes, eu repito, são só por alguns instantes, ele gosta de te fazer se sentir no controle, e é aí que o fôlego falta, que a dor aumenta e o trabalho dele se estende, uma hora o ponteiro vai estacionar no ponto de partida, e as lembranças vão na bagagem pra nunca mais voltar, ou se instalam nos corações mais sensíveis.

Em poucos casos ele consegue ser compreensivo e como um pai pouco afetuoso, porém protetor, ele sabe envolver a dor e cicatriza-la com cautela, como deve ser, porém não é de sua natureza deixar tudo como está, sem nenhum arranhão, todos sabemos que depois de alguns momentos bons, decepções e a visita do tempo... Ah, sabe como é, os anos passam e vão ferindo o que há de mais bonito nas almas inocentes. Não adianta odiá-lo por suas crises de humor e as conseqüências que ele te presenteia, pode ter certeza que ele também não tem nenhum tipo de afeição por ti ou por quem quer que seja. Ele é só o tempo, e ele sempre passa, porém nunca volta. É só um trabalhador incansável que já curou e já feriu, é só o tempo como deve ser, às vezes apressado como se estivesse perdendo tempo, às vezes lentamente como se tivesse tempo pra tudo, e ele tem, quem não tem tempo pra nada somos nós, que vivemos de ponteiros, o que não sabemos é que o tempo nada mais é do que uma alma arrogante que se instala nos corações mais desesperados, tempo nada mais é do que um sujeito impertinente caçando seres de corações inconsequentes.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O canto, o controle e o sofá.



A televisão está desligada, e o controle remoto que cessaria o silêncio daquela sala de memórias está longe demais pra alcançá-lo, ou só seja mais uma dessas desculpas que damos pra nós mesmos pra deixar tudo como está, que cena deplorável. A agenda telefônica indica a falta de amigos, ou melhor, a abundância deles.

Sentir-se sozinho não é uma sensação agradável que preenche o coração, do contrário te esvazia e te deixa longe, às vezes permanentemente. Mas quem diria que muitas vezes caímos nesse abismo sem solução estando realmente perto de alguém, estar longe, porém rodeados de amigos numa mesa de bar, mas a verdade é que estamos sempre naquela sala de memórias que invade nossa mente, viver assim é viver contradizendo.

Dói, aperta e sufoca, a solidão te abraça, estende a mão e te protege, quem decide ser dominado por esse sentimento está sujeito a enfraquecer até cair, ou ser forte o bastante pra fixar seus pés no chão. Mas uma coisa é certa, é questão de tempo pros pés se soltarem e te fazer sentir saudade de coisas que solidão nenhuma proporciona; felicidade e companheirismo, compartilhar é a palavra chave. Sentir falta da televisão ligada e com conteúdo bom o bastante pra te deixar vidrado nela, de um filme com uma pessoa especial, sempre vai ter alguém pra dividir a pipoca de microondas e falar sobre nada, basta aceitar-mos essa companhia. Saudade de ver o telefone tocar e ouvir a voz de alguém que não lembra, mas por simpatia pede como foi seu dia, a sensação empolga, ser lembrado quando tu já esqueceste significa ser marcante. Ser convidado para festas e esquecer qualquer ferida que o tempo não cicatrizou, ah, como seria bom compartilhar esse sofá.

Solidão não é estar completamente sozinho, é se sentir vazio e vago, é não conseguir e nem querer compartilhar felicidade, e até muitas vezes, a tristeza, que também esvazia esse pobre coração. Solidão também é esquecer que tem amigos, é deixar passar o tempo que te adoece em um sofá qualquer, mas e o controle remoto? Onde ele está? Bom, ele está longe demais pra alcançá-lo, me falta ânimo pra ligar a televisão e chamar a felicidade mais pra perto.

Não é impossível ser feliz sozinho, a questão é: até quando?

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Correspondência

Eu te mandei uma carta esperando uma resposta que acordasse meu coração e fizesse tudo mudar, nada mudou. Te propus meu sentimento através de um envelope que não deve ter chegado no destino certo, no teu coração, é assim que prefiro pensar, pois cogitar a passibilidade de que tu simplesmente não correspondeu, ou nem sequer leu o conteúdo dessa carta faz as minhas pernas tremerem, e o meu coração fica novamente ferido.

Seria uma solução corresponder aquele tal sujeito que preenche minha culpa por me olhar a tantos anos? E se eu pensar muito além eu sei que estou na mesma situação que ele, com a caixa do correio vazia e um coração transbordando amor não correspondido, o que existe lá são aquelas propagandas de amor barato que todo mundo recebe e não ousa dar a atenção que deviam, eu nunca nem sequer as li.

Mas será que eu também sou essa propaganda barata que ele nunca leu? O conteúdo da minha carta é tão fraco assim pra penetrar teu coração? Foi um desperdício de papel. Minhas pernas estão dançando sem meu comando, e o meu coração que nega a propaganda daquele tal sujeito agora fica atormentado todos os dias em que te vê. Já está cheio de amor esse coração violentado pela vida? É um sentimento tão complexo esse tal de amor que eu não ouso dar atenção todas as vezes que eu vejo ele no meu correio, aquelas tais propagandas que ninguém nunca leu. Os pares estão invertidos e nunca vamos aprender a dançar aquelas músicas de casais apaixonados, não há ninguém contemplando essa melodia no salão.

O sujeito entrega a carta que eu nunca li, eu sou a propaganda que ele nunca correspondeu, e ele? O que faz esse miserável? Bom... ele se diverte com os selos que muitas vezes são repetidos.
Uma última lambida pra ter certeza de que a carta está devidamente lacrada, mais uma propaganda em direção ao teu correio, mais um selo pra divertir teu ego.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Furto



Não merecia tanta surra, pobre garota.
Tive certeza absoluta: as marcas em seu peito dessa vez seriam minhas
Do contrário me pareceu não se importar com minha teoria de desculpas
Na verdade torceu pra que me visse ao lado desse indecente, a culpa é toda sua.
Furtei algo que lhe pertencia há muito tempo
Absorvi a dúvida e o seu sentimento de desprezo
Sou sua amiga, mas meu coração agiu sem pensar.
Numa solidão precária, eu me vejo agora no teu lugar,
Roubei tua má sorte, queria muito te ver num merecido peito,
Existem coisas nessa vida que eu não aprendi a controlar.

Nos últimos dias pareceu gostar de olhos novos
Aliviou minha consciência, mesmo sabendo que tenho culpa.
Ajudou-me a tomar o rumo que ela mesma queria seguir
Andei na calçada que nunca me pertenceu
Acabou sendo feliz, e meu coração entristeceu.
Desabo-me em palavras não ditas, e sabe que apesar de tudo,
Eu roubei um amor que por muito tempo te adoeceu
Quando vem me visitar nesse quarto onde só existe luto?




quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A carta de um coração gelado.

A carta de um coração gelado

Lembro da nossa despedida
Minhas mãos tão geladas aconchegadas nas tuas
Desculpe-me meu amor, mas dessa vez eu vou embora.
Não tenha pressa em me ver, não pense que o tempo demora.
Não esqueça de viver, não existem motivos pra querer partir.
É lindo como nos conhecemos, e os teus olhos azulados ainda me iluminam.

Eu já não estava mais lá enquanto rezavam
Estava sereno e feliz como sempre fui visto
Eu pude sentir a angústia de cada rosto preocupado
Não houve ocasião em que teu cansaço esteve mais explícito
Minha ausência não passa de crenças
Sabe que sou teu coração agora, não de deixarei em desamparo.
Sabe que não estou mais ao toque da pele, mas eu nunca deixei de ser o teu amado.
Precisam de ti na tua dimensão que não é mais a minha
Eu preciso da tua segurança, eu preciso do teu desapego.
Não esqueça de manter teus olhos azulados acesos
Deixe-me descansar em paz, viverás bem sozinha.
Lembranças do teu amado e avise os nossos netos que me tornei estrela.

Trilhos desconhecidos.


Tive uma decisão precisa e intensa
Deixei de ser estação pra me ver passageira
Parei de viver esperando alguém chegar
Implorando pra bilheteria esgotar.
Não são boatos que parei na última estação, são apenas evidências
Dei um fim a esse ciclo na qual não me dei o luxo ganhar.

Levo lembranças ocultas em malas de trabalho
Não pretendo deixa-las invadir no meu céu que começa a colorir
Sempre fiquei na cabine sem luz alguma
Andando sem perspectiva, presa num passado escravo.
Meu trem não soube resistir.

Dizem por aí que não sei trocar olhares
Falam também que tenho mérito em fracassar
Estou com esperanças dessa vez
Espero ter aprendido a forma certa de amar.
Sou teoria, não vai saber mudar minha alma de maquinista.
Saí da zona de conforto esperando não voltar pra cabine alguma
Vou fazer algo audacioso, talvez grande demais
Sou maquinista oculta, ou passageira tentando te guiar.

Penso em entrar no teu vagão e me permitir ficar
Mas nunca vi um trem de tanta exigência
Quando vai parar de lutar contra mim?
Saia da cabine e cumprimente tua nova passageira.
Esperei até agora pra dizer que não quero descer em estação alguma
Tive que implorar pra seguir essa viagem duvidosa de pé
Dei lugar a pessoas que possam valer mais pra ti
Não tem idéia do quanto sou insegura.
Quero ver algo além das tuas regras, enxergar a alma desse maquinista,
Estou curtindo tua cabine, estou curtindo tua indecência.
Nada é um ritual, até meu vagão cansou de vagar.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Inferno Real



OBS: esse poema foi feito em conjunto com um amigo meu, o sr Lucas Michels. Na verdade o cara fez toda a estrutura e eu complementei com alguns versos e um parágrafo, caso gostarem do poema podem acompanhar ele no www.tavatudobemnasemanapassada.blogspot.com (=



Rasgue todos os meus nervos
Sinta o cheiro podre que deixou no ar
Veja as promessas derreterem na minha mão
Enterre-me como um de seus segredos
Pois hoje não poderemos comemorar
Não existem motivos pra continuar mentindo
Não tem mais espaço pra tuas loucuras de amor.

Se equilibrando sobre minha cabeça
Você faz com que nada aconteça
Sabe como fazer eu me sentir culpado
E eu continuo atado e sem poder gritar
Eu só queria dizer teu nome, mas não há saliva para usar.

Nem todas as drogas que experimentei
Foram tão destrutivas quanto a tua voz amarga
Nem todas as vezes que me machuquei
Podem se comparar ao estrago causado por você
Infringindo todas as regras de como amar.

Nem todos os livros que eu li
Nem todos os dias em que eu vivi
Fariam eu te perdoar por me impedir de viver.

     Esqueça o que vivemos até aqui
     Desapareça até onde meus olhos conseguem alcançar
     Nada nessa vida vai reparar o estrago que reflete no meu espelho
     Fez-me sofrer em vão, me fez retornar ao inferno que foi essa ilusão,
     Diga-me, o que fez pra acabar com a paz que reinava em mim?
     Esqueça que compartilhamos a mesma calçada,
     No inferno real que ficou entre nós dois, não tem espaço pro teu perdão.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Desabafo de uma poetisa



Será que por algum momento tu se importou com a minha opinião?
Vou estar sempre sujeita a mudar, e seguir na tua direção?
Se não vai alcançar, porque insiste em me levar?
Sabe que é um fracasso, todas as tentativas foram em vão.

Não é porque tu é doente, que minha vida tem que ser baseada na tua decisão,
Quantas vezes me provou que vale a pena?
Quantas vezes duvidou da tua capacidade de vencer esse vício?
Porque eu teria que acreditar na tua recuperação?
Se tu pensa todo dia que tua vida foi um erro?
Porque eu sempre tenho que ceder?
Sabe o quanto é difícil esquecer sete anos?
Sabe se é fácil viver se mudando?
Eu fiz isso por ti, toma juízo e não perca teu rumo.

Nunca respondeu minhas perguntas
Sempre achando que tua vida poderia ser mais fácil
Eu estou aqui cara, te seguindo sempre
Qual é a dificuldade que tu carrega em me aceitar?
Sou teu sangue, lembra?
Porque tá sempre arranjando uma forma de se destruir?
Eu era a tua menina
Quando foi que me tornei a tua pobre realidade?

Os olhos teus

Ando fascinada por outros olhos
E os sigo sem mesmo perceber, se tornou involuntário,
Mas o dono a qual eles pertencem eu deveria evitar
Ele me parece meio distante de tudo que eu esteja procurando
Isso pode soar meio estranho vindo de mim,
Mas pensando dessa forma, não seria tão ruim me desviar.
Tu nunca vai deixar de ser um mero estranho.

Talvez eu não devesse me despir dessa proteção que me carrega
Quando fico vulnerável eu costumo decepcionar
Odiei meu reflexo no espelho por muito tempo
Não me culpe pelo o que estou sentindo, e acredite:
Eu nunca quis me aproximar,
Mesmo deixando que isso acontecesse.

É difícil pra mim dizer que não me importo
Que não quero mais ouvir teu nome
Penso em te dizer algumas palavras
Mas o medo de ser tola sempre me envolve.
Eu nunca passei dessa fase
Seu coração nunca vai deixar de ser violento,
Nunca fui o foco das tuas lentes bordadas de indecência
Nem companhia num dia de frio intenso
Não costumo me entregar
Vai ser caro matar o meu desejo.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Tumor

Existe algo crescendo dentro de ti
E seu coração persistente
Dessa vez desistiu
Eu nunca soube que tu era doente
Nem que uma ferida em relevo
Te deixava mais longe de mim
Onde está o coração inatingível?
O nosso fim foi lamentável.


A culpa transita em meu sangue
Não poder te ligar, não querer me importar
Sempre fui assim, seu desejo mortal
E nessa brincadeira de esquecer
Eu acabei atrasando tua vida
E adiantei tua chegada no hospital qualquer
Sempre fui seu ponteiro, sempre fui uma doença letal.
Vou ser pra sempre tua cicatriz,
Vou ser sempre a parte do corpo que teu irmão não tem mais
Pra poder te dar a vida, pra poder te deixar em paz.


Mas e tu?
Porque teve que fazer isso?
Me mudar foi necessário
Acabar com a tua vida foi um grande risco.
Sabe que as coisas não iam mais tão bem
Nunca houve alguém a mais
Sabe que sou errante e mesmo assim se apaixonou
Estou numa cidade onde não existe amor
O nosso tempo voou pra longe, num céu que tu não vê mais.


Esse quarto escuro te fazendo dormir
Te fazendo lembrar, e o telefone que não atende mais
Eu queria te pedir desculpas por esquecer
Eu queria te falar que sou capaz de amar você.
Mas sabe que não sou mais
Seu tumor me guiou a loucura
Teus gritos de dor me deixando entristecer
Coração doente pedindo pra perder.
Sou errada demais pra seguir sem esquecer.





quarta-feira, 4 de julho de 2012

Alma, pobre alma

Não espere tanto de mim
É muito peso pra carregar sozinha
Ter que te dar sossego e me ver perdendo a linha
Eu te avisei, eu nunca fui boa o bastante.


Não sou tão boa quanto tu pensa
Te agradeço pelas palavras, mas quero continuar assim
Verá mais tarde que eu fui uma sentença
Que paguei pra ver esse ciclo tendo um fim.


Não sou tão pura ou doce
Meus versos não costumam ser sinceros
Não queira ver o meu desfecho
Eu vivo num mundo paralelo
Não existe espaço para mais um sujeito.


Está na hora de abrir novos horizontes
Esqueça de me conquistar
Eu tentei te avisar o quanto antes
Que sou alma perdida destinada a vagar.
Qualquer sentimento é inválido
Conclua minha sentença,
Não tenho mais nada a declarar.


Sua Carta.

Sabe quem sou eu?, eu sou aquela guria que tu nunca viu nos olhos, aquela que sempre passou despercebida por ti, motivo de risada entre a tua roda de amigos inúteis que nunca te deram valor e sempre pegaram aquela guria grotesca e antipática que tu costumava correr atrás. Eu também fui aquela carta anônima que sempre aparecia misteriosamente na tua mochila, eu também era o perfume que contia nela, mas eu nunca fui uma lembrança tua, um sorriso teu ao se deitar, esse papel era muito bem feito por aquela guria que também nunca te viu no olhos, e sempre preferiu caras mais populares, esses que tu chamava de amigos.
Hoje eu me vejo bem distante da tua frieza, distante dos teus olhos que nunca se cruzaram aos meus, nunca desconfiaram do que eu sentia e preferiam se iludir que aquelas tais cartas que eu mesma escrevia vinha de alguém que te te usava para ser maior, ser grande, mas nunca passou de uma idiota que teve tudo, e mesmo assim desdenhava o que eu mais queria e nunca tive, eu tenho saudades de momentos que nunca vivemos, que tu nunca nem sequer sonhou.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Apagador de Tristezas

Tentei te dizer o motivo de eu ir embora
Mas teus ouvidos transbordando de mágoa impediram-me de falar.
Te dei "adeus" na esperança que tu ouvisse um "até logo"
Mas de novo não ouviu meu grito cansado.
Me restou os passos me guiando rumo ao desconhecido.

Dei a mão para meu destino
E juntos fomos ver o que a vida reservou a mim
Além daquele sujeito de ouvidos alagados e olhos habituados a escorrer,
Sempre preso num coração inconsequente
Ameaçando não sobreviver.

No caminho encontrei certas respostas
Conversei com as horas
Que de passo em passo me deixavam mais longe de ti.
Quando vou poder te encontrar?
Eu tenho tanto pra te falar
Tu sempre se recusou
 me ouvir.

Dormi no aconchego da solidão
Numa poça alagada de tristeza
Me vi numa rotina monótona, uma alma tão perdida
Meu bem, me vi acordada em outra dimensão
Mas dessa vez sem vida.

Te encontrei de novo, estava tão diferente o meu amor
Mas seus olhos ressecados te impediram de me ver.
Pude ver em cada lágrima tua, o teu motivo de sofrer
Meu reflexo nessa água, alma impedida de viver.

Eu queria traçar um horizonte pra nós dois
Mas morri sem tempo de apontar o lápis.
Sempre o tempo tentando atrasar a felicidade
Adiando minha angústia e me trazendo lembranças
Mas sempre soube muito bem apagar as nossas tristezas.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Plantação.



Seguia-te por todo canto
Você nunca reparou?
Morei anos no teu peito,
Sentindo teu calor.
Eu aquecendo, tu esfriando,
Plantei meu bem mais bonito
Escolhi o local errado, nunca te vi brotando.
  
Perdida eu tava pelas ruas dessa cidade
Sempre fui nova em algum lugar,
Encontrei um abrigo que me dava conforto
Teu coração foi o único lugar que achei pra morar,
Tu apertou, me esfriou, me deixou no sufoco.

Meu calor não foi suficiente
Perdi o mapa da minha moradia
Ou será tu que mudaste de endereço?
Tomei cuidado, sempre passei pela mesma veia
E eu sempre o via por lá
Hoje em dia eu vejo uma pedra
Plantada no mesmo lugar.
Obrigada pela hospedagem, não to a fim de ver minha vida murchar.





sexta-feira, 25 de maio de 2012

Bagagem qualquer.


Eu queria poder pensar
Que não me arrependi do que falei
Que tu foi um mero rapaz,
Que na minha bagagem levei,
Eu só não queria me importar
Eu não queria mais te ver.

Mas sabemos que é muito mais que isso,
Sabemos também que é exagero da minha parte
Mas só eu sei o quanto você faz falta
O quanto eu queria te ver nesse parque.
O problema é o orgulho que ficou entre nós
A distância tão grande entre dois
E eu nunca estive falando dos quilômetros
O nosso tempo já passou, e nos deixou distante.

As dores caem do meu rosto em forma de água
Lembrei do que vivi aqui,
Um cara qualquer, uma bagagem velha,
E dentro dela, tudo que eu mais senti.
Tu sempre gostou das minhas frases sem sentido.

Lembro do teu beijo doce,
Vindo da tua amarga boca, grande contradição.
Surpresa te ver em Porto Alegre
Surpresa te ver de novo aqui
No seu lugar, na minha bagagem.
Pra onde quer que eu vá
Será somente uma miragem?
Só quero um tempo pra decidir.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Vem bailar.

Eu caí de novo, não tive força pra aguentar mais essa
Não sei mais rodopiar, não decorei mais nenhuma coreografia
Não vai ter espetáculo dessa vez, a bailarina tá esgotada,
Disse que estava pronta pra bailar
Mas eu cansei de cumprir promessas.

Meu espetáculo sempre foi aberto ao público
Mostrei sempre um sorriso estrondoso no palco da vida,
Porque afinal "Mesmo machucada, uma bailarina consegue ser maravilhosa"
Mas ninguém cura essa ferida.

"Levanta e encara" esse sempre foi meu lema,
Mas dessa vez eu desisto, eu vou deixar cair as minhas lágrimas
Eu sempre fui meu próprio abrigo,
Mas agora vou viver a grosso modo
Vai ver quem eu sou, vai saber da impureza dessa sapatilha
Que sempre se contentou com um chão miserável,
Mas bailarina foi feita pra voar, não se esqueça disso.

Vai ter que bailar comigo nessa madeira podre
Senti-la rangindo, gritando, te sufocando
Dessa vez eu decido quem vai se machucar.
Não sou mais sua bailarina guardada numa caixa de cristal
Não me diga como agir
Não sabe nada do que realmente importa
Nessa melodia meu corpo vai me guiar
Nasci pra fazer um estrago colossal.

Teu veneno.


Tu eis minha manhã colorida, tu eis a essência que faltava em mim.
Tudo me lembra á você, 
Seu sorriso é meu encanto.
Seu olhar me prende ao passado,
Nossos corpos não estão mais ligados,
Éramos um só.

A vida me levou pra um caminho sem você
Eu não sabia que sem tua presença eu era tão igual, tão simples.
Tu me deu a força que eu precisei pra ser alguém e a tirou de mim indo embora,
Não consigo medir o quanto sofri. 

Eu choro as angústias,
Seus lábios um dia se tocaram nos meus,
Aquilo era mágico até tudo se perder.
Não esqueça que eu sempre estarei á sua espera,
Como uma rosa sufocada, esperando seus espinhos caírem e a primavera chegar.

Aquela noite não saiu da minha cabeça, eu feliz estava ao ver você chegar.
Mas como um veneno suas palavras me levaram ao chão,
Todas as promessas, todos os planos, todos os sonhos, 
Eles se foram, quando você disse que aquele era o nosso fim.
O fim de uma magia, o fim de uma história,
Foram alguns anos que eu fui feliz, mas eu te peço, e agora?

domingo, 20 de maio de 2012

Contas a pagar.

Acabei revirando meus sentimentos novamente,
Tudo que estava claro dentro de mim, de repente decidiu enlouquecer.
A escuridão tomou conta de mim novamente
Um novo cara apareceu, não sei mais desviar dele
Meu corpo implora socorro,
Eu percebi que eu nunca tive chances com o amor
Sempre vi a felicidade estampada em outros rostos.

Meus pensamentos avulsos procurando esse sujeito
Te querendo e não podendo, sempre vai ser assim pra mim
Sempre será mais difícil pro meu coração
Sacrifiquei-me demais por pessoas sem valor
Botei preço nos sentimentos, meu grande erro,
Acabei dando motivos pra me ver indo embora
Pra ver de novo o fim desse falso amor.

Mudei-me de endereço, e me encontro novamente perdida,
Perdida em outro canto, perdida em outro ambiente
Acabei chegando nesse lugar, vendo a vida passar lentamente.
Eu esqueci lembranças fracassadas, eu soube ocultar essa ferida.
Com alívio no coração eu vou te dizer:
Essa é a última vez que me verá doente de amor.
Mas todos sabem que eu não aprendi a mentir
Minha alma é transparente e sabe transmitir.

Me viu partindo da tua casa sem nenhum retrato teu
Pensei que não falava sério quando disse que me esqueceu.
Vou pagar caro pra me ver longe daqui,
Pagarei pra te esquecer, caso contrário o prejuízo será todo meu.




terça-feira, 15 de maio de 2012

Meu pobre motor

Eu corri muito
E não canso de viajar
Eu estava a procura de um rumo
Onde eu pudesse enfim descansar
Ou sentir o vento soprando no meu ouvido.
Nunca fiquei muito tempo em algum lugar
Nunca tive uma casa fixa, quem me dera um lar.

Mas essa viagem não foi assim
Eu fui atropelando os passos
Não vi as placas de aviso
"Eis um indivíduo doente te esperando no final dessa estrada"
Acabei virando na rua errada, na tua rua...
A vida toda eu passei correndo riscos.

Eu só quero uma chance para retornar
Esquecer as falhas do meu pobre motor
Que meu farol voltasse a iluminar,
Eu quero me libertar de ti, jovem
Me guie para a estrada, me deixe voltar.

Estou precisando de um concerto
Talvez eu precise da tua ajuda agora
Meu combustível tá acabando
Minha paciência esgotou, ser feliz demora?
Está na hora de ver meu automóvel desabando.

Me sinto tão fraca e velha
E não tem mais jeito de engatar.
Minha vida tá ressecando
Estou sentindo medo desse dessa viagem
Eu tenho medo de estar te amando.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Meu plano fracassado.

Você me atrapalhou
Você me interrompeu
Porque insiste em fazer isso?
Eu não queria
Mas não teve como escapar da tua armadilha.

Eu não quero mais amar
Eu não quero mais sentir
Mas do nada tu apareceu,
E me fez cair em contradição
Tu não tem medo?
Medo do que vem depois?

Aquela cena se repetiu
Várias vezes dentro de mim
Eu caí de novo na tua jogada
E eu sei como será o fim.
O teu jeito de sorrir, tua forma de me olhar,
E eu odiei você
Desde o primeiro dia em que te vi.
Tu atrapalhou meus planos
Planos de não me apaixonar.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Guerra Pessoal.

Por quanto tempo eu insisto em estar aqui?
Por quanto tempo eu ainda vou te esperar?
Caminhadas longas sem nunca ver o fim,
Olhando para os lados
E ninguém pra me amparar.

Porque as coisas aconteceram desse jeito?
Fugindo da realidade, fugindo de mim
Fugindo da sombra e do teu olhar,
Perdas e glórias
Não foi assim que eu planejei.

Uma espada honesta,
Um pingo de sangue e já acabou
Uma batalha sem motivo,
Uma guerra sem rancor
Duvidando dos meus sentimentos
Uma eterna luta com meu interior.

O tempo parou
As ruas congelaram
O sol sem calor,
A lua e incontáveis estrelas sem brilhar,
Acabou assim a guerra
Não existe mais nada que se possa amar.

Abismo de uma flor



Isso vai ser sempre assim?
Eu fico caída num certo abismo
Por anos e anos
E ninguém nota a pobre flor?
Mas de repente alguém a salva
E começa tudo de novo
Sem cuidado, sem amor.

A tempos eu via a felicidade de longe
Eu via os seres sorrindo sem motivo
mas nunca notam a pobre flor
Tentei abraçar a vida
Este é o nome da canção,
Fingindo ser invisível
A sociedade não teve esperança nem perdão.

O sol volta pra brilhar
Eu me escondo no meu aconchegante abrigo
Talvez por educação eu te peça para entrar
Mas seguidamente te prenderei em meu abismo
Aqui agora é seu novo lar,
Se acostume, ou vai aprender a decair num solo seguro.

Depois de uma decepção,
Eu sempre acabo caindo por aqui
O abismo acabou virando minha casa
Seja bem vindo meu suposto amigo,
Eu me chamo flor, e estou sempre a me lamentar,
Mas saiba que lá fora
Minha casa ganha outro nome
Mais conhecida como a loucura de um indivíduo.
E aí ? tu vai querer ficar?

Meu último suspiro.

Estava tudo tão distante de mim
E de repente, eu sinto que estou só
Como se o raio de luz que me seguia, de supetão decidiu mudar de direção
Eu não consigo mais ouvir, e não tenho mais razão,
Então eu me pus a chorar,
E me restou somente o chão,
Para que eu pudesse desmoronar.

Aquela noite eu senti medo
Medo era um sentimento desconhecido até então,
Eu não conseguia me levantar, e não pensava em seguir em frente
Minha vida não passou de sequências monótonas de ilusão.
Acabei dando adeus antes de te revelar...
Esse foi meu último suspiro,
Foi minha última canção destinada pra este sujeito.

O nosso tempo nunca mais voltou
Isso foi um pesadelo?
Ou só eu não vi que ali estava o nosso fim?
Me esperando, me machucando.

O segredo ainda não se revelou
O mundo que neste momento continua sendo você
Me espera para conta-lo
Meu último suspiro foi em vão,
Revelarei a todos que ousei ama-lo

quarta-feira, 9 de maio de 2012

20/04/12

Esse próximo poema é o mais novo, achei importante dizer o motivo de ter feito ele por que foi um impacto muito grande dentro de mim e com isso promoveu várias mudanças na minha vida, nas minhas lembranças e no meu modo de pensar.
No dia 20 de abril deste ano eu recebi a notícia de que meu avô haveria falecido, aquele com quem eu compartilhei minha vida, aquele que eu ouvia histórias traiçoeiras e engraçadas,que formou meu caráter, que me fez diferente de muita gente da minha idade e principalmente, me ensinou a ter princípios, aquele com que eu vivi a vida toda, e mesmo assim sempre fui distante.Foi um tremendo choque, e desde aquele dia eu decidi valorizar todas as pessoas de quem eu gostava, os sentimentos vivos dentro de mim, eu decidi amar e não me arrepender.Então eu comecei a pensar em como minha avó estaria se sentindo nesta situação e acabei fazendo o poema como se fosse ela contando como se sentia agora que está viúva,espero que gostem! beijos etc (=

20/04/12

Partiu de verdade, nem sequer olhou pra trás.
Se foi desesperado, sem chances de voltar
Não pense que sentirei tua falta
Sentirei mesmo é a tua presença em meu coração
Não pense que eu não to no sofrimento,
Nem ache que foi tudo em vão.

Tua alma em meu peito
Apertando e doendo insiste em ficar,
Insiste em me prender na saudade
Te amando, me fazendo sonhar.

Não compreendo sua ida,
Tão de depressa, tão sem despedida
Pude ver-te foi naquela caixa repleta de tristezas
Sentindo seu corpo gelado, tua face desentendida.
Se foi sereno, se foi morrendo,
Me espera que eu vou correndo,
Eu to afim de te reencontrar.

Mundo paralelo

Os caminhos de onde eu vim
Confesso, não soube escolher,
Decidi ser quem nunca fui
Decidi ser alguém que valha a pena viver.

Minha vida não houve grandes emoções
Tropeços talvez, e grandes decepções,
Mas nem por isso eu desisti de tentar
De encontrar algo que valha a pena amar.
Eu encontrei algo chamado vida,
Em algum trecho da história que passei.

Importei-me demais com tudo e com todos
E ninguém se importou se “por o caso” eu iria me machucar
Eu me machuquei e ninguém me deu a mão para levantar,
Levantei sozinha, viverei sozinha
Vencerei sozinha, morrerei acompanhada,
Acompanhada das lembranças
Da essência do passado
Vivi sempre a procura de sentidos
Agora está na hora de viver
A procura de sentido algum
Sou apenas eu, não sou mais um.



Sua Branca De Neve.

O que eu devia dizer pra te acalmar?
O que eu devia sentir ao te beijar?
Perdi todos os sentidos
A vida esqueceu do meu destino,
Não tenho roupa pra usar no meu velório
Tentei te escutar, mas só ouvi ruídos.

Uma noite, um sentimento e dois lábios.
Foi o bastante pra me envenenar
Não quero ser sua branca
Não te quero como neve
Mas eu quero seu gosto de maçã,
Teu cheiro suave que me deixa insana.

Aflita, ta aí a palavra que tanto procurei.
Descreve muito bem o que eu deixei de viver
O que eu devia sentir, mas me fecho
O que eu devia dizer, mas me calo,
O que eu devia fazer, mas repouso,

Minha história terminou antes do começo
Meus sentimentos viraram do avesso
Estou pronta pro grande final,
Está na hora de deitar,
Está na hora de fingir,
Está na hora de embranquecer,
Está na minha hora.
Não quero ver o tempo passar
Eu só quero poder descançar
E que a terra despejada em meu couro
Lave minha alma, se despedindo do meu corpo.

Doenças do coração.


Não sei, mas sinto que algo pulsa forte aqui dentro,
Estou doente? Estou diferente, confesso.
A vida me parece mais bela, me parece estranha.
Perto de ti, sinto que as horas saem correndo,
Deixando-me na vontade de algo que não sei descrever.

Não sei se isso é bom ou não
Mas quando te vejo, algo muito além de palavras
Parece dominar o meu corpo,
Algo muito além do infinito
Pede por ti, pedindo socorro.

O nosso tempo se vai
E as horas nunca mais voltam
é muito tarde pra se arrepender do que não fez
Acabou saindo assim, sem mais nem menos
Nunca me disse do teu poder em me deixar esperando.
Isso é normal? Ou é diferente?
É de uma forma estranha,
Quase inexistente.
De certo eu deveria saber qual a minha suposta doença
Foi de propósito tanto sentimento por um sujeito?

Se vale a pena tantas dúvidas
Ou desespero plagiado de sorrisos,
Isso eu nunca soube responder
Mas um palpite eu arrisco,
Posso estar apaixonada por você
Espero desesperadamente que não seja verdade
Todos sabemos que isso significa esperar por algo que não vai acontecer.

Destruição

Não me olhe desse jeito
Não hoje, não nessa hora, não dessa forma.
Tu sabes como ando esses dias,
E na boa, teu olhar me devora.

Não me toque assim
Se não me deseja por que me dá esperanças?
Eu não quero um amor passageiro
Eu quero acordar
E te ver sorrindo em minha cama.

Eu atropelei minha vida pra te alcançar
E logo soube que o que eu fiz foi apenas voltar
Voltei pro começo, e sem notar, perdi você no caminho.
Atrasei meu relógio, adiantei minha juventude,
Tudo isso por amor
Meu velho costume.

Louca, psicótica, estranha....

Essa não sou eu,
Eu sou apenas escombro de uma vida que não deveria ter
Sou apenas a fragrância de uma flor que murcha, sem vida
Sou apenas o mar, tentando alcançar sua amada lua.

Sou apenas humana tentando brilhar mais que o próprio sol
Eu sou um horizonte eterno que corta um rio sem cor, e tu é o lápis que me traçou
Eu sou o céu que tu pisa, mas tu insiste em me chamar de fogo.

Eu sou talvez o que seus olhos vejam, ou talvez mais do que deveria ver
Eu sou a lágrima da flor que chora
"Mas que bobagem, flores não choram"
Elas exalam o perfume do seus interior
Eu exalo apenas amor.

Esferas


Teu olhar é tão pouco pra tudo que te dei
Tudo que tive que abandonar, as vidas que deixei pra trás pra poder te ver
O rumo que segui, por meras esferas recheadas de veneno que ganhei.
Teu coração ressecou, e eu presenciei.

Não me diga que se arrependeu
Tua vida se baseou no meu fracasso
É claro que tu nunca percebeu
Tuas glórias sempre foram meros retratos,
Fazendo parte da tua coleção de corações partidos.


Eu pensei que tinha um futuro guardado pra nós dois
E falei que não tinha medo do que vinha depois
Sempre achei suas palavras tão sinceras
Mas nelas, nunca coube uma gota de amor.
Minhas lágrimas pintam como aquarela
Tua vitória, Nossa fracassada história
Pintando minha face recheada de rancor.



terça-feira, 8 de maio de 2012

Primeira impressão

Sinceramente eu não gosto de me apresentar, eu sei que é importante mas eu sempre me acho idiota fazendo isso-como agora-. Procurei palavras pra dizer como eu me sinto, mas nem meus poemas mais desesperados e profundos vão dizer o que eu escondo em alguma parte de mim. É difícil me descrever porque eu não sei bem ao certo quem eu realmente sou, e talvez eu não me importe com isso. A verdade é que estou sempre mudando, por necessidade ou pelo simples fato de ser angustiante viver num lugar frio, velho e ultrapassado.

Mas me apresentando de um jeito mais formal, eu posso dizer que tenho 16 anos,  nasci em Iraí-RS e atualmente moro em Porto Alegre, o resto é frescura.

Novamente trem

Tem gente desistindo da viajem
Indo embora sem dizer nada, nem uma mísera palavra
Nem sequer devolver a passagem.
Novamente sou trem, como outras vezes
Mas dessa vez sem passageiros,
E sem nenhuma bagagem.

Tem gente passeando pelo vagão
"Isso aqui não é um parque de diversões senhor, queira se sentar e permanecer na minha vida"
Não quis me ouvir, me deixou no chão e se foi
Novamente ele se foi...

Tem gente entrando sem passagem
Implorando por uma aventura
Ou supostas divesões desta viajem
Meu trem sempre partindo
Sem passageiros no meu vagão
Sem histórias, sem emoção.

Meu amor, cansei de te esperar
Vou parar numa estação
Vou tentar te sintonizar
Mesmo que não exista mais esperança.
Por favor não perca a passagem direta pra cabine do comandante
Sempre fui coração sem trava de segurança.

Meu trem está partindo
velho e enferrujado
Procurarei um novo abrigo
Pra hospedar um novo amado
Venha depressa maquinista
Meu trem está desconsolado.